DE BELO HORIZONTE A DIAMANTINA: UMA ANÁLISE DO POTENCIAL TURÍSTICO E DA PAISAGEM
O potencial turístico está
intimamente ligado com a paisagem, seja com a paisagem natural ou com a
paisagem cultural, resultante da ação humana sobre o ambiente. Na verdade,
esses dois tipos de paisagem (natural e antrópica) estão interligados, estão em
constante diálogo, afetando um ao outro o tempo todo, pois não há mais no
Brasil atualmente um ambiente que se possa classificar como ambiente
exclusivamente natural, ou uma paisagem que se possa denominar exclusivamente
paisagem natural, cem por cento, absolutamente natural.
No entanto, para que
possamos ter um potencial turístico elevado, é necessário que a relação entre
as duas paisagens (natural e antrópica) seja harmoniosa e que essa relação
resulte em elementos capazes de despertar o interesse dos turistas e visitantes
locais. A paisagem é elemento
essencial, básico, fundamental para o desenvolvimento da atividade econômica do
turismo, que vai se apropriar dos elementos mais interessantes oferecidos pela
paisagem para o seu trabalho. Quanto mais interessantes, atraentes e
diversificados os elementos oferecidos pela paisagem, maior será o potencial turístico
local. No entanto, é necessário ressaltar que lugares aparentemente
considerados “feios” também podem ter seu potencial turístico
desenvolvido. Um caso que serve para ilustrar tal afirmação é o fato de que
alguns turistas que visitam o Brasil fazem questão de visitar uma favela.
Também quanto mais urbana
for a paisagem, maior será o grau de modificação da mesma, podendo atrair ou
desestimular o turismo naquela região. Geralmente o potencial turístico será
maior nas áreas que possuem maior diversidade da paisagem natural e da paisagem
antrópica, convivendo de forma harmoniosa, confortável e interessante aos olhos
do visitante. Partindo de Belo Horizonte,
a capital mineira oferece diversos elementos com grande potencial para atrair
os turistas. Vejamos:
Alguns turistas poderão visitar a capital mineira para
visitar seus museus e as exposições aqui realizadas; outros para visitar seus
parques (Como o Parque das Mangabeiras, o Parque Municipal, o Parque Lagoa do
Nado, e etc) e o maravilhoso zoológico de Belo Horizonte. Outros poderão visitar
Belo Horizonte apenas para fazer compras em uma das dezenas de centros de
compras oferecidos pela capital mineira, como, por exemplo: Mercado Central,
Feira dos Produtores, região do Bairro Preto (Pólo de Moda), região da Av.
Silviano Brandão (Pólo de Móveis), “shoppings” populares (como o “Shopping
Oiapoque”, por exemplo), e os diversos “shoppings centers” mantidos na cidade. Já outros poderão vir em busca de conhecimento, para participar
de um congresso, de um encontro da classe profissional a que pertencem, de um
curso, oficina, “workshop”, ou até mesmo para fazer um curso nas
centenas de escolas de todos os níveis estabelecidas na capital. Por último, temos aqueles que visitam Belo Horizonte por pura
obrigação, já que se trata da capital do Estado de Minas Gerais, sendo,
portanto, a sede de diversos serviços administrativos oferecidos pelo governo.
Na região de
Sete Lagoas encontramos também um forte apelo turístico constituído pela beleza
de sua paisagem natural, expressa, sobretudo, é claro, por suas lagoas. Em
nossa terceira parada, visitamos a Serra de Santa Helena, que nos
proporcionou uma bela vista panorâmica da cidade de Sete Lagoas. Sabemos que
muitos turistas procuram aquela cidade em busca de serviços semelhantes àqueles
oferecidos pela capital mineira: compras, negócios, lazer, conhecimento e
saúde.
O destino
final do nosso roteiro termina na cidade Diamantina: trata-se de uma bela
cidade histórica, com belas igrejas e casarões bem conservados, cercada de um
exuberante ambiente natural e que oferece aos seus visitantes infinitas
possibilidades de lazer, descanso, diversão, negócios e de incrementar seu
conhecimento e seu nível cultural, através da existência naquela cidade de
diversas escolas, colégios, faculdades, universidades, bares, teatros,
restaurantes, museus e ainda todo um ambiente cultural efervescente que se traduz
nos cursos, congressos, palestras, oficinas e eventos diversos que são
realizados com muita frequência naquela cidade, poderíamos nos arriscar a dizer
que são realizados constantemente em Diamantina.
Referência Bibliográfica: Mendonça, Leonardo Faria; Silva, Regina de Cássia. De Belo Horizonte a Diamantina / MG: Oferta e Potencialidade Turística (Uma abordagem a partir da análise da paisagem). Belo Horizonte. 2009.
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